O que você
acha de nos encontrarmos?
Sabe,
despretensiosamente
Sem levar
muito a sério
Sem planos
à frente
Se quiser
pensar, até espero
Não tenho
nada marcado
Não vamos
exigir nada perfeito
Temos
corações já cansados
Bem
calejados pelo tempo
Podemos
ser nós mesmos
Sem medo
de pequenos defeitos
E sem
promessas a esmo
Sabe,
despretensiosamente
A gente
riria do meu sotaque
Você me
contaria sua infância
E o que vai
ao seu prato favorito
Eu lhe prometeria
fazê-lo
A gente
poderia dividir um medo
Uma piada
sem graça e um velho segredo
Então, enquanto
toca uma música antiga
Daríamos
um intencional silêncio
Como se
ensaiado fosse, devagar
Permitindo
cruzarmos o olhar
Pronto
Teria nos
seus olhos um templo de agora em diante
Sabe, despretensiosamente
Eu lhe
contaria querer viver de poesia
“Vou lhe
inspirar”, você diria
Poderia me
falar de algum clube de leitura que frequente
Eu
reclamaria sobre a chatice de algum cliente
E você,
como adolescente, compararia nossas mãos e adoraria o formato dos meus dedos
E aí nesse
instante
Nesse
exato instante, sem ainda saber
Eu me
apaixonaria por você
Despretensiosamente
apaixonado
Ficaríamos
bem
Você se
esqueceria da hora
Nenhum de
nós iria embora
Sabe? Sem
pretensões...
Sem saber
que tínhamos ali a melhor chance de dois corações...
Aproveitaríamos
Despretensiosamente,
o que me diz de nos vermos amanhã também?
E se me
der motivos para ficar?
E se eu
lhe der motivos para sorrir?
E se
encontrarmos uma maneira de sonhar?
E se
faltando pretensões sobrar espaço para o amor?!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSou apaixonada por esse. Parabéns !
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